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Por que tentamos e não conseguimos “perder peso”?

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Equipe Esperança Debate
Por: Equipe Esperança Debate Fonte: André Manoel/Médico
12/09/2023 às 06h10
Por que tentamos e não conseguimos “perder peso”?
Foto: Saúde em dia/Reprodução

O Brasil registra em média 38 suicídios por dia. Reflexo de uma série de fatores que incidem sobre a saúde mental das pessoas, em especial da parcela mais vulnerabilizada da população, esse índice merece a atenção da sociedade e das políticas públicas para sua redução, e o trabalho começa com promoção de saúde mental e prevenção de doenças.

A promoção da saúde mental envolve não só cuidados individuais, mas principalmente políticas públicas e sociais amplas, que remodelem os aspectos de maior influência sobre essa dimensão da saúde. Isso significa promover justiça social.

A fome, a ausência de condições dignas de moradia e o desemprego são barreiras à dignidade e ao chamado “mínimo existencial” e têm impacto direto na saúde mental. O acesso a serviços de apoio à saúde mental é a outra metade dessa equação.

A política de saúde mental é historicamente negligenciada, com subfinanciamento e falta de serviços na Rede de Atenção Psicossocial – reflexos do estigma em relação às pessoas com transtornos mentais. Resultado disso é que três quintos dos 295 municípios catarinenses não contam com um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).

Nesse contexto, prevenir eventos extremos como o suicídio é tarefa de todos, em especial dos responsáveis por políticas públicas de promoção de bem-estar social e de apoio à saúde mental. Estado e sociedade devem demonstrar que a saúde mental realmente importa, o que se faz com investimentos e efetivação de direitos sociais.

No plano individual, o olhar atento e o cuidado com o outro são fundamentais. A campanha do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e da ACP (Associação Catarinense de Psiquiatria) deste ano para o Setembro Amarelo tem o mote “Sua saúde realmente importa. Se precisar, peça ajuda!”.

Ela nos provoca a pensar a saúde mental não só do ponto de vista individual, mas como sociedade e no desenvolvimento de políticas públicas. Também faz um alerta a cada um. É normal não estar bem. É normal precisar de ajuda.

Se precisar, peça. Se receber o pedido, acolha e busque auxílio profissional. Saiba mais e participe do Setembro Amarelo do MPSC e da ACP. Ações de divulgação e conscientização sobre saúde mental e prevenção ao suicídio serão desenvolvidas ao longo do mês. Mais informações podem ser obtidas no site do MPSC.

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